Estou só observando essa geração de crianças e adolescentes de autoestima superelevada, incapaz de seguir regras ou lidar com frustrações. Uma geração que, desde cedo, não aceita crítica, não tem limites, não aceita ‘não’ como resposta, não tem autonomia nenhuma.
Quanta gente melindrosa! Quanto mimimi!
Daqui a alguns anos, creio que veremos
um monte de adultos bebês, de ego sensível e extremamente inflado.
E agora eu me pergunto: o que é que vocês
estão arrumando, pais?
Vamos acordar! Coloquem na cabeça que
seu filho não é melhor que ninguém. Pode ser pra vocês, pro mundo, não! Ao
invés de mimarem oferecendo o mundo, ensinem-no a viver esse mundo, mas de
forma real.
Que mania imbecil de achar que seus
filhos são vítimas do mundo.
Ah, e não quero ouvir: você não tem
filhos, por isso pensa assim!
Não! Não tenho filhos, mas qualquer um
pode ver o narcisismo aflorado na molecada. Uma turminha que ‘se acha’ e tem se
tornado cada dia mais arrogante.
Na escola, sofre bullying, a nota baixa é culpa do professor, o frio é justificativa
da falta em dia de prova, o colega é sempre o vilão, não pode ser chamado à
atenção, não aceita receber ordens. As crianças ou adolescentes têm todos os
direitos, mas nenhum dever. Falam mal professor, insultam,
falam mal na internet. E vocês, pais, enchem o peito, vão até lá, brigam em
defesa da cria mesmo sem saber o que aconteceu – estão emocionalmente comovidos
pelas lágrimas de seus bebês. Afrontam o professor e, claramente, mostram o
porquê de o filho ser como é. Lamentável!
Em casa, essas ‘crianças’ não podem
arrumar a cama, sabem malemá amarrar tênis, não colocam comida no prato, não
esquentam o leite e vão dormir sem escovar os dentes. Na rua a historia é
outra: beijam na boca, seguem as tendências da moda, falam de sexo (não apenas)
e mandam ‘nudes’ via rede social.
Têm milhares de amigos virtuais, poucos
reais – não conhecem o valor da amizade. Não conseguem resolver um desafio de
matemática, mas têm a coragem e a curiosidade aguçada pra conhecer os desafios
de um tal jogo chamado “Baleia Azul”.
Coitadinhos desses jovens. São tão
frágeis. Tudo os magoa.
Triste é saber que vão se magoar ainda
muito mais se seus papais e suas mamães continuarem a passar a mão em suas
cabecinhas, a aplaudirem até seus erros, não estabelecerem limites, não
estimularem a independência e continuarem a tratá-los como bebezinhos
birrentos.
Maravilhoso teu texto e está faltando coragem aos pais de colocar limites. Isso fará com que os filhos se tornem pessoas que não saberão bem enfrentar a vida! Pena! bjs, chica
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