sexta-feira, 14 de setembro de 2012

SENTIDO


É mais que salso líquido a temperar os olhos,
é espelho, símbolo da humana sensibilidade.
É dor, sofrimento, perda, carência,
traduz emoção, alegria, satisfação, saudade.

Fonte genuína que conduz puros sentimentos,
exprime o que externa o coração.
Ora pergunta, ora resposta,
ora pedido, ora gratidão.

Eloquente linguagem,
encanto a brotar das vidraças da alma.
É felicidade efêmera, soberano sorriso,
profunda aflição, confissão da tristeza desmascarada

Nas canções, melodias, pinturas
encena na tela dos cinemas, nos teatros, nas salas de TV.
Como o mar, banha palcos de distintas vidas,
timidamente escorrega, vezes sem se perceber.

Confissão da alma,
lamúria disfarçada de sorriso.
Mais forte que meu eu, quente,
agonia ou alegria em estado líquido.

Expõe a essência abatida,
clama a luz tanto buscada,
Deixei-as cair por vergonha,
mostrei-as para ser consolada.

Orvalho, cor de prata,
prece, lembrança.
Passado, presente,
Adulta, criança.

A lágrima rola em todos os cantos,
rola em todos os tempos.
A lágrima jorra sob o sol, sob a chuva,
Jorra sob o dia, jorra sob a lua.

4 comentários:

  1. Essa é a lágrima... quando tem que rolar, ninguém segura. Salgada como o mar. Parabéns, Lucimara. Beijos mil.

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  2. Boa noite.

    Sim. Belíssimo poema. A lágrima é o sinal de que ainda há um mínimo resquício de humanismo nesses bilhões de corações embrutecidos.

    Parabéns, poetisa.
    Grande abraço!

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  3. Oi, Lucimara. Passando por aqui pra agradecer seu comment e pra conferir as novidades no seu espaço. Continua tudo ótimo por aqui! Sucesso e um grande abraço.

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